Querida Carlota
Eu sei, nem me venha com cobranças, eu sei que demorei pra te escrever. E na verdade eu só te escrevo hoje porque ontem senti uma falta inestimável de uma amiga e que, como o orgulho me impede de escrever para ela, vou escrever a você querida amiga, que tanto sabe como eu me sinto nessas horas.
Tenho tantas obrigações, o que não me torna nem de longe uma pessoa mais importante, mas me sinto vazia de qualquer forma. Queria eu não ter essa capacidade de me apegar as pessoas, há tanto tempo apegada e nem esse orgulho do tamanho do Sol - que é ardido também e que não tem como passar por cima. Na verdade, não tem como passar por cima DE NOVO.
Se eu pudesse descrever o quanto eu me sinto nostálgica, provavelmente não te escreveria. Você sabe, talvez mais do que eu, que a minha amizade e devoção eram inteiras e que eu faria qualquer coisa para manter assim. Não é suficiente, nunca é.
Ser amiga de alguém precisa mais do que isso, precisa ser recíproco. Sinto saudade, Carlota. Sinto saudade de todos os dias juntas, de todas as confissões, todos os conselhos e sinto muito, sinto muito por isso ser tão clichê porque eu nem queria te contar, não queria contar a ninguém e aqui estou perdendo tempo em uma carta que você nem vai se dar ao trabalho de responder.
Era bom estar lá, ter alguém lá. Era bom ter alguém que estava quase sempre como você e que assim estava sempre com você. Não há alguém mais, assim como não há amizade nenhuma que substitua essa, não há amor nenhum que compre esse, não há tempo nenhum que apague o tempo porque não houve amizade necessária para ser maior que o tempo - e por tão pouco, Carlota? Ou quanto?
Me basta, querida amiga, me basta dizer que sinto muita falta, muita falta disso. Não existe no mundo alguém como era e não existe no mundo um jeito de me descrever para você. Meu exagero é pouco perto do que eu sinto. E eu sinto muito, muito mesmo.
Estou em peso agora, Carlota. Preciso me reescrever e preciso pensar o que eu acho das pessoas, o que elas são? O que elas sentem? Quão verdade é o que elas sentem?
Você pode me ajudar a entender isso, a salvar isso, minha amiga?
Tenho tantas obrigações, o que não me torna nem de longe uma pessoa mais importante, mas me sinto vazia de qualquer forma. Queria eu não ter essa capacidade de me apegar as pessoas, há tanto tempo apegada e nem esse orgulho do tamanho do Sol - que é ardido também e que não tem como passar por cima. Na verdade, não tem como passar por cima DE NOVO.
Se eu pudesse descrever o quanto eu me sinto nostálgica, provavelmente não te escreveria. Você sabe, talvez mais do que eu, que a minha amizade e devoção eram inteiras e que eu faria qualquer coisa para manter assim. Não é suficiente, nunca é.
Ser amiga de alguém precisa mais do que isso, precisa ser recíproco. Sinto saudade, Carlota. Sinto saudade de todos os dias juntas, de todas as confissões, todos os conselhos e sinto muito, sinto muito por isso ser tão clichê porque eu nem queria te contar, não queria contar a ninguém e aqui estou perdendo tempo em uma carta que você nem vai se dar ao trabalho de responder.
Era bom estar lá, ter alguém lá. Era bom ter alguém que estava quase sempre como você e que assim estava sempre com você. Não há alguém mais, assim como não há amizade nenhuma que substitua essa, não há amor nenhum que compre esse, não há tempo nenhum que apague o tempo porque não houve amizade necessária para ser maior que o tempo - e por tão pouco, Carlota? Ou quanto?
Me basta, querida amiga, me basta dizer que sinto muita falta, muita falta disso. Não existe no mundo alguém como era e não existe no mundo um jeito de me descrever para você. Meu exagero é pouco perto do que eu sinto. E eu sinto muito, muito mesmo.
Estou em peso agora, Carlota. Preciso me reescrever e preciso pensar o que eu acho das pessoas, o que elas são? O que elas sentem? Quão verdade é o que elas sentem?
Você pode me ajudar a entender isso, a salvar isso, minha amiga?