Havia aquele buraco e, por ele. me entrava ar. Ao redor de mim tudo permanecia parado, extremamente denso, inflexível. A única maneira de escapar daquela constante falta de ar, daquela pressão que começava a tomar cada pequeno pedaço do corpo era atravessando aquele buraco. E uma certeza: fora dele as coisas seriam melhores. Tinham que ser. Me aproximei, mas pude perceber que, de fato, era um buraco muito pequeno. Eu jamais conseguiria atravessá-lo. Não havia nada em minhas mãos, nenhum instrumento, nenhuma maneira de fazê-lo aumentar... Ao me aproximar pude ver, lá fora, uma constante movimentação ... não sabia exatamente de que, mas era como se as coisas ali pudessem realmente funcionar, enquanto eu permanecia inerte, do lado de dentro - ou de fora, daquele buraco. Eu queria fazer parte, eu precisava fazer parte. Eu não poderia mais suportar estar ali, não mais agora quando eu havia experimentado uma pequena noção das coisas do outro lado. Eu tinha que atravessar aquele burac