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Mostrando postagens de 2010

#do movimento do mundo, s/n

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Uma mulher rosa me atendeu. Fiquei esperando por quarenta minutos o médico que nem estava lá ainda. Achei uma falta de respeito e fiquei com vontade de falar. Ensaiei na minha cabeça o que eu falaria pras recepcionistas "Olha, eu acho isso uma falta de respeito. Não é porque é médico que eu sou obrigada a ficar esperando por quarenta minutos, até porque eu estou pagando -pagando". Mas, refleti melhor e decidi que meu argumento era fraco e que eu nunca vou ter cara de pau pra falar uma coisa dessas pra alguém. Respirei fundo, fiquei irritadíssima e continuei esperando. A recompensa foi que meu exame deu normal e eu sou muito saudável. E minha bunda ficou quadrada. Procurei uma bolsa, não achei. Procurei um óculos, não achei. Procurei me distrair da saudade, não consegui. Procurei não pensar nos meus amigos que estão longe, não consegui. Sempre procuro uma maneira de tapar esses buracos, mas não consigo. Sou completamente incompetente quando o assunto é esquecer. Não esqueço, n

Seu louco querer

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Ela tinha milhões de coisas pra falar e, no entanto, só conseguia pensar em uma palavra: medo. Tudo o que sentia, tudo o que sabia sobre o amor simplesmente se perdeu quando o conheceu. Era como mergulhar em uma caverna, sem luz, sem saber a direção e, mesmo assim, saber que havia mergulhado no lugar certo, na hora certa.. E saber que estava indo pro lado certo porque de repente não importava o quanto de oxigênio ela ainda tinha. Não importava que, em alguns momentos ela sentia que escurecia ainda mais porque, chegando mais proxima do escuro ela sabia que encontraria logo uma luz. Era um absurdo, mas quem disse que não seria? Não havia manuais, não havia livros que conseguissem explicar o que ela estava sentindo e nem ela, tampouco, saberia explicar. Mas não era óbvio? O que mais poderia ser? Era claro que isso tudo fazia parte de uma coisa muito única, muito absurdamente grande em si mesma. Era amor, é amor. É amor que ela sente, que ela sentiu, que ela tinha plena consciência do que

Querida Aurélia,

Tem tempos que não te escrevo, eu sei. Tempo, que palavra é essa amiga? Me sinto inclinada a discordar de Drummond e achar que quem inventou a idéia de fatiar o tempo em horas, anos, minutos, meses foi um completo idiota. Me sinto prisioneira do tempo, como se eu dependesse dele pra tudo. Quero me organizar, quero mudar algumas coisas... E sempre me vejo pensando no tempo, o tempo que eu tenho pra fazer isso. Você me entende, amiga? Eu tenho a sensação que estou deixando alguma coisa escorre pelas minhas mãos, por mais fechadas que elas estejam... É como tentar segurar água, é impossível e frustrante. E sinto medo, porque penso em coisas que eu estou perdendo com o tempo correndo, acelerado. Faz sol, aqui. Sol e calor. Quem poderia imagina que não teríamos um inverno inverno de fato, depois de ver todas as vitrines de roupas novas e quentes? Venta um pouco, não nego. Mas já estamos no fim do inverno e eu nem usei minhas roupas novas... Não que sejam muitas, mas vou guardá-las para quan

paradoxo do espetáculo

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Daqui alguns anos o que você terá feito da sua vida?! Tolo, perguntar. Eu sei que você nem sabe o que tem feito dela. Pra quem monta o espetáculo durante tanto tempo é normal assumir o papel do personagem em algum momento. Você está lá, atuando. Sorrindo. Trepando. Fazendo almoços em família. Aguentando pessoas que não te agradam, porque isso é que é almoço em família. Tentando unir duas "inuníveis", estilo romeu e julieta. Sempre foi assim e você sempre viu, mas já era tarde. Namoro, gravidez, casamento, fim. Fim de tudo que era planejado e não foi. Fim de tudo que você queria ser ANTES de ser mãe, mulher. Antes de ter o sobrenome do seu marido colado no seu. Agora não é mais mulher sozinha, é direita, se comporte. Isso significa não trair, não beber demais e voltar tarde, não sumir sem dar satisfação. Você tem filha e marido pra cuidar. E, como se não bastasse todos os erros que, convenientemente você enterrou no meio do caminho embaixo de pedras sem ao menos fincá-las ao c

saudade.

"Já sentiu saudade?" - O velho pergunta inconformado. "É claro que já..." - Ela responde, olhando desconfiada pro senhor. "Ah, basteira, cê nunca deve ter sentido saudade como eu sinto". "Bom, tinha as vezes em que meus pais saiam e eu ficava com meus avós, com minha 'babá' e, quando eles demoravam pra voltar, eu começava a ficar incomodada..." "Ué, incômodo não é saudade... Incomodada com o que?" Ela parou um tempo, refletindo, e respondeu: "Bom, eu ficava incomodada com o fato de eles não chegarem logo, não atenderem seus telefones, não dizerem aonde estavam... E ficava incomodada porque eles não estavam comigo e ai meu coração ficava apertado e eu queria chorar mas não chorava, porque não queria que pensassem que eu era manteiga derretida...Logo, meu incômodo era saudade". Olhou pra ele apreensiva, vencera no argumento. O Velho refletiu, por sua vez, durante um tempo maior... Era muito velho, mesmo. Se apoiava em um

Notas sobre uma decepção

Venho, através desse, justificar minha falta de presença neste blog. Estou passando por um período sombrio, obscuro e terrível da minha criatividade e capacidade de escrever. Falta assunto, falta inspiração, falta saber o que escrever. Escrevo cinco linhas e acho tudo um saco, um lixo. Não consigo mais produzir nada de pouco útil que seja, já que nada foi muito útil um dia. Me sinto vazia de palavras, não consigo expressar nada, verdade que talvez falte até motivos pra me expressar por aqui. Verdade também que eu já me prolonguei por muito tempo. Eu não sou uma escritora, nem de gaveta nem de blog, sou péssima. E o que me deixa isso visível é a minha não capacidade de criar nada novo e legal. Passar bem.

Meloso :)

"Irremediavelmente apaixonada". Sim, era de se esperar. Depois de tanto tempo tentando negar, quem diria. Na verdade, negar mesmo. Afinal de contas era absurdamente impossível não notar. E era absurdamente impossível negar. Já tinha se pegado várias vezes pensando nas infinitas possibilidades de enfim consumar o ato. Ela tinha a plena certeza que aquilo seria maior, bem maior do que ela imaginava. Pensou tanto, pensou que era mentira. Pensou que não tinha chances, era só ela mesma, e uma quantidade super grande de pessoas bonitas e milhões de vezes mais interessantes. Muita coisa na cabeça, muita. Muita contradição, o tempo todo. Foi quando, então, ganhou um gatinho no braço. E decidiu que não lavaria mais, nunca mais, porque afinal de contas era a forma de mantê-lo meio "vivo", ali. E ai descobriu que não precisava mantê-lo vivo dessa forma. Ele já estava cravado ali. Nas milhares de borboletas no estômago se agitando descontroladamente. Nas milhares de vezes em qu

#número 4

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Essa coisa assim, de ficar sendo muito entendido, muito culto, muito "gosto de música boa". Essa coisa de querer ficar impressionando, sendo inteligente, sendo capaz de dominar o mundo. Essa coisa, meio que de perder identidade, de se perder. Nunca ser burro, nunca ser menor. Nunca, nunca, nunca. Sempre ter que estar por cima, na frente, em primeiro. Em segundo é pouco, em terceiro é inaceitável. Isso de deixar o orgulho, esse orgulho, aquele. De deixar ele falar mais alto, bater sem precisar, atacar sem ser atacado. Hostilidade, grosseria, fim de festa e dor no pé, e pensar que está com dor no pé e saber que está com dor no pé e, quando chega alguém e pergunta "quer sentar?" fala "Não. Meus pés não doem, eu não sinto nada. Sei andar de salto desde os 10 anos, sei como é". Sabe de tudo, sabe-tudo. Dizer uma idéia e quando dizem alguma coisa sobre ela dizer "é, eu já sabia" ou discordar, de tudo, o tempo todo. Pensar "ninguém sabe mais do que

O que não entenderiam?

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"Quando eu resolvo parar e refletir sobre algumas coisas que ficaram pra trás, eu fico pensando se devo ir atrás de algumas pessoas ou não. No início, talvez me deixando levar pelo sentimentalismo das coisas, eu fico pesando o quanto eu gosto delas, quanto me diverti com elas, quanto precisei delas, quanto tempo estivemos juntos... Mas ai eu percebo que não é isso que vai me fazer decidir. No fim, bom ou ruim, o que conta nas minhas escolhas é a preguiça que eu tenho de ter que me dar a elas. Ir atrás de alguém sempre envolve abrir mão de coisas, fazer concessões, "voltar atrás", se desculpar... E não necessariamente deva vir só do meu lado. Só que fica muito mais fácil procurá-las assim, abrindo mão... Mas me cansa. Me cansa pensar que essas reconciliações não vão durar nada. Me cansou já, pensar que de fato existem pessoas que não sabem ficar ao seu lado. Não por elas, por você mesmo. Elas não sabem porque você não deixa elas saberem. Talvez eu nem queira, mas é como s

do movimento do mundo #3

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Todo dia Ofélia pensava em mil coisas que estavam erradas e que ela não falava. Pensava, pensava, pensava. Pensava sem poder fazer nada. Pensava tanto que se consumia pensando e não tinha energia para fazer outras coisas. Ofélia era assim, se entregava. É bom, se entregar. Hoje em dia tem pouco gente no mundo que faça dessa forma, sempre tem um pé atrás, quando não tem os dois. E Ofélia não sabia ser de outra maneira, não queria. Ofélia ofendia, ofende. Ofélia sorria. Ofélia chorava. Ofélia sentia mais que todos e todos os sentimentos, sentia bem. Era sobre isso que ela não podia fazer com as outras pessoas. Ninguém entenderia porque ninguém sabia ser como ela, ninguém via como ela. Ela tentava, tentava mesmo, falar. Sabia o que precisava ser feito, conhecia do assunto. Mas não conseguia falar, Ofélia não podia. Não podia porque ao pensar ela já havia esgotado, se esgotado. Falar não era preciso, era preciso que as pessoas acompanhassem seus pensamentos, suas idéias. "Não tem ning

quando vem o erro

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"Eu procurei em outros corpos encontrar você, eu procurei um bom motivo pra não, pra não falar... Eu procurei me manter afastado mas você me conhece eu faço tudo errado, tudo errado. Eu procurei abrir os olhos, enxergar você. Eu procurei um bom motivo pra não, pra não estar lá eu procurei me manter afastado mas você me conhece eu faço tudo errado, tudo errado...".

Make Damn Sure

Na verdade minha vontade era parafrasear uma música muito, estupidamente emo, que consegue descrever exatamente tudo o que eu sentia. Mas tentei ser criativa o suficiente e escrever algo original que conseguisse me explicar. Consequentemente, depois de ações tão erradas e não pensada, "inevitáveis" a culpa cairia sobre mim. É como um imã, que funciona exatamente nos momentos que deveria parar de funcionar. É como toda lei que rege o mundo dos relacionamentos deve ser aplicada, no meu caso não seria diferente. E o pior de tudo é que eu reagiria - e reagi - com aquela cara de babaca que a gente faz quando se fodeu e não consegue pensar exatamente porque. E, exatamente como teria que ser depois, a culpa era toda minha. Única, inteira e exclusivamente minha. A primeira sensação, depois daquela cara de babaca e depois de me sentir completamente babaca foi a sensação de que eu fui traída. Bom, eu fui. Não há como negar que foi um tipo de traição - mas, afinal de contas, qual veio p

do movimento do mundo #2

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Como olhar as pessoas passarem, falarem e não acompanhar precisamente o que elas estão fazendo realmente, uma câmera rápida. E é assim, normalmente, as pessoas passam por nós sempre muito rápido, o tempo todo. Em um dia de dia-a-dia passam várias sem que a gente preste atenção o suficiente pra memorizar um só rosto, uma só característica de alguém. Passam também por nossas vidas e nos conquistam, nos decepcionam, nos entregam, nos protegem e devoram nossos corações a todo tempo, famintas enquanto, também famintos, devoramos os delas, buscando conhecer cada pequena fração, extrair toda a essência humana, nos sufocando. Repartimos, dividimos. Transformamos em algo nosso, buscamos nos encontrar nelas, buscamos, desesperados, por semelhanças. Boas e ruins. Tentamos nos tornar cada vez mais humanos, mais cheios de amor, plenos. Procuramos tanto que perdemos o controle de nós mesmos e nos perdemos em algumas pessoas em especial, nos perdemos e encontramos também coisas ruins, machucamos. So

Tudo em ti foi naufragio

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Cada passo seu, meu. Cada sorriso seu, meu. Minhas crenças em você, personalidade, integridade, lealdade. Meu sorriso em você, meu motivo de sorriso em você. Desapontamento, é o que eu sinto em relação a você.

and it comes like shit, but

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E talvez uma nova forma de pensar. É mais porque é necessário do que realmente por querer. Precisa, o tempo todo preciso me segurar a isso como se a vida dependesse de segurar, forte. Não importa de que maneira é/foi colocado, importa que doeu, dói. E vai ser sempre assim, apesar disso, daquilo, daquilo outro, apesar dos apesares a dor vai ser. Talvez fosse menos, mas talvez não me fizesse pensar mais. Transparência, verdade. Eu tenho a verdade do meu pulso porque pensei que assim mostraria o quanto é importante usá-la comigo, não importa o quão difícil, complicado, ardido vai ser, eu quero a verdade. Eu quero ouvir da sua boca, da dele, da dela, da boca de qualquer um, eu quero a verdade. Ela vai ser minha e eu vou saber o que fazer com ela depois que você me der. Eu posso digerí-la, bem, mal, posso jogar fora, posso absorver, não i-m-p-o-r-t-a, não se importe comigo. Aliás, não se importou. Nisso você errou. Meu coração tá aqui, você não vê, não ouviu, não sentiu, mas ele tá aqui. E

if you done all wrong

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"Preferiria... Faria, faria diferente. Sentiria, falaria a verdade, só a verdade. Sentiria a verdade e principalmente sentiria sem ter vergonha. Por que ter vergonha? Tinha. Tinha que passar despercebido o mínimo que fosse, não gostava de chamar atenção, precisava viver de forma que ninguém soubesse que estava vivendo... Não, não vivendo. Fazendo as coisas que fazia, isso. Até onde iria? Iria, iria até onde fosse possível e torceria, assim torcendo para que fosse nada pudesse tocar. Tocar, tocaria. Tocará. Fará, sentirá. Explodirá em milhões de pedacinhos de sentimentos, em milhões de sentidos. Tem a certeza, será. Seria está fora de cogitação, sem consideração. Será, acontecerá. Está acima, acima, acima..."

Do movimento do mundo #1

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Entre a cruz e a espada, talvez seja assim que eu posso descrever meu sentimento e foge um pouco, porque nesse caso eu não posso escolher, nem a cruz nem a espada. Quando a gente coloca limites em alguma coisa, pensando que isso vai ajudar numa realização pessoal e pensa só na gente as circunstâncias acabam te dando um soco na cara e gritando bem alto no seu ouvido "você é um idiota". Em miúdos e frangalhos, em cacos. Definitivamente desfalecida, acho que são as melhores palavras que descrevem... A idéia de de não ter absolutamente nada a perder e não ter como mostrar essa idéia me deixa mais confusa ainda. O que fazer? Qual vai ser meu próximo passo? Quanto tempo vai demorar? E talvez a pergunta que eu tenho mais vontade de responde: Vai funcionar?

# número 1

Falam os velhos, os mais sábios, os mais experientes, os mais engajados, os mais antigos, os mais desinibidos, os mais efusivos... Falam tanto, que não escutam.
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Tô apaixonada e desesperada, não desesperadamente apaixonada. Só apaixonada e desesperada. Desesperada por perceber que algumas vezes eu me supero de tão idiota que eu sou. E desesperada por saber que eu nunca mais vou vê-lo na minha vida :( E mesmo assim, apaixonada...

Tudo bem quando termina bem...

Eu tinha uma notícia na mão, era a melhor notícia que eu podia esperar. Era melhor do que ganhar uma viagem de volta ao mundo, melhor que ficar muito rica da noite pro dia. E melhor, milhões de vezes melhor. E eu tinha, por outro lado, a sensação de não saber exatamente o que esperar quando o dia chegasse. Eu não tinha muito tempo pra pensar porque havia o espaço de um dia entre a notícia e a concretização do fato. Imagina, era tudo que eu queria, era exatamente o que eu esperei durante um ano e alguns meses, era absolutamente perfeito e eu pensei com todas as forças que eu ia fazer de tudo para mostrar que eu era a pessoa certa pra uma vida inteira. As minhas mãos suavam tanto que eu precisava secá-las a cada três minutos na camiseta. Eu precisava ficar o tempo todo com alguma coisa na mão, pra quebrar, manusear ou simplesmente segurar alguma coisa. E então, eu o vi. Acho que era exatamente como eu lembrava, mas faltava alguma coisa... Não sei o que, sabe? Só faltava... Ai de repente
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Praia é sempre bom, apesar de ter areia grudando em você quando você senta, pisa, tropeça, esbarra ou toca em qualquer coisa que seja o chão, a cadeira, a canga, a bola e afins. É bom, mesmo que a água do mar deixe a gente todo "grudado" e mesmo que o mar não seja TÃO limpo assim. É bom mesmo que você beba muito e passe da conta, mesmo que você esteja um pouco acima do peso, mesmo que você frite no sol no primeiro dia e fique ardendo todos os outros, mesmo que tenha gente mal educada e mesmo que as coisas sejam caras. Principalmente quando estamos com amigos, amigos mesmo, a praia fica melhor ainda. A melhor banda do mundo é aquela banda de axé/sertanejo e música ruim, todo mundo tira foto de vocês dançando, a caminhada mais longa vira a mais gostosa, o salva-vidas apita e de pito, a ilha da feiticeira é muito longe, a cerveja é mais gelada, seu time de vôlei é melhor que a seleção brasileira, todo mundo tem cara de pau de pedir churrasquinho, o bêbado é mais legal, o mar tem

Não ficaria, desta vez não, parada entre o som, a televisão e o livro

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Foi a primeira pessoa que viu quando entrou. Tão bonito que ela baixou os olhos, sem querer querendo que ele também a tivesse visto. - Você tem um cigarro? - Estou tentando parar de fumar. - Eu também. Mas queria uma coisa nas mãos agora. - Você tem uma coisa nas mãos agora. - Eu? - Eu. - Alguma coisa se perdeu. - Onde fomos? Onde ficamos? - Alguma coisa se encontrou. - Vou te escrever carta e não mandar. - Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir. Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo. (O dia que Júpiter encontrou Saturno - Caio Fernando)
Quinta feira é um dia ruim. Espero acordar amanhã só com uma sensação de maus sonhos que ficaram pra trás. É, muito ruins. terríveis.

sonhando até...

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Que coisa boa, já estamos em 2010! Completando uma década com o número vinte na frente. Aliás, já posso dizer que vivi em duas décadas diferentes, maravilha! Sempre gosto dessa sensação de ano novo, porque dá pra organizar várias metas pra daqui pra frente. Faz uma semana que eu tenho falado que vou acordar todos os dias mais cedo e andar de bicicleta durante uma hora, pra ficar em forma. Ótimo poder dizer, ou não, que algumas coisas nunca mudam mesmo como o ano novo. Vou continuar prometendo medidas drásticas para os meus problemas crônicos e vou continuar não cumprindo. Essa é a maior leveza do meu espírito. Eu continuo sendo quem eu era, isso não é maravilhoso? Quer dizer, eu sou eu, mas sou eu versão 2010, do mesmo jeito que eu era em 2009. Não tem como mudar, nunca vai ter. Claro, a gente pode crescer ou desaprender algumas coisas, mas esses pequenos detalhes que a gente tem e que atrasam as nossas vidas, não da, eles vão estar aqui pra sempre, ao nosso lado! O que eu mais gosto