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Sobra tanta falta

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Nunca perdi alguém próximo, até sexta. Até acordar com o telefone tocando, com o nome da pessoa marcado na tela, às 08:00 da manhã, pouco convencional - e ouvir a voz de outra pessoa, entrecortada. E entender que algumas notícias não tem volta por mais que desejemos assim acima de tudo. O que é difícil? Talvez o fato de que aquela pessoa que era, que existia, não existe mais... Acho que não processei ainda, fico pensando que poderia passar na casa dele para dar um oi, jogar uma conversa fora, reclamar que não consigo fazer nada porque não sou boa o suficiente e ouvir que a juventude jamais, em hipótese alguma, pode ser pessimista. Receber uma ligação no meio da semana reclamando que eu não o visito mais, que faz tempo que eu não ligo... "Oi, menina"... Sempre pensei, intimamente, qual seria essa sensação. É como se existisse um cansaço muito grande, em cima dos ombros, e como se ao mesmo tempo existe um vazio no tempo e no espaço. É como se o vazio doesse, e ele dói. Nã