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Mostrando postagens de junho, 2014

Notas sobre o luto - Ou a realidade como ela é.

Há um pouco mais de um ano tive minha primeira experiência com a perda de alguém. Alguém que tinha sua dimensão de importância na minha vida, que me ajudava a significá-la e entendê-la - alguém que em menor ou maior grau possuía um espaço e a quem eu atribui um significado. Acho que o mais maluco de tudo foi que por muitos dias e semanas realmente doeu. Me peguei contendo lágrimas e colocando o pensamento de lado para não lidar com ele. Sempre ouvi falar de maneiras de se lidar com o luto - ou os cinco, seis, sete passos do luto. Ainda acredito nisso, mas percebi que, quando fui lidar com o meu luto, quis acelerar o processo ou passar logo por todas as etapas ou mesmo pular algumas, pra ver se de alguma forma aquela dor e aquela sensação de vazio se transformavam em alguma coisa que fosse alegre - e cheia. É comum as pessoas argumentarem que, ao lidarmos com a perda de alguém querido, precisamos nos prender naquilo que foi bom, que trouxe felicidade, nas boas lembranças desse alguém.