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Da verborragia que eu sinto quando consigo falar mas não há escuta.

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O único título que vem na minha cabeça para combinar com o humor de hoje é verborragia misândrica. A parte o fato de achar que a misandria como escolha política não resolve nossos problemas de desigualdade de gênero e exploração, hoje particularmente foi um daqueles dias em que não fazia nenhum e absolutamente nenhum sentido para mim tentar continuar dialogando com homens. Nenhum: homem.  Verborragia é bom porque não precisa mesmo de organização, já que na minha cabeça o que eu consigo unir entre muitas interjeições truculentas, ofensivas e esvaziadas de qualquer conteúdo (embora cheias de sentimentos) são ideias que estão muito confusas sobre o que eu quero falar que é o meu verdadeiro problema hoje. Porque, na verdade pra ser bem sincera, o meu problema é um monte de coisa.  Então, eu sei olhar pra esse cenário de caos que estamos vivendo dentro da educação pública no estado de São Paulo e pensar: isso aqui é o caos. E é o caos porque não é só um problema de educação ou

O que é a identidade que se destrói e se recompõe?

Há muito tempo atrás, no meio de um monte de dor amontoada e do término de uma relação de enorme importância me peguei no turbilhão duma mudança de casa, de cidade de ritmo de vida. Naquele momento encarei a mudança como uma possibilidade de começar a vida de novo – por assim dizer. Pensava que deixaria tudo para trás, encarando isso como uma dádiva do presente porque afinal de contas se era para acabar que acabasse tudo mesmo. Na época, não me ocorreu muito o que isso iria querer dizer, mas como essas coisas de coração mesmo, o término doeu e me fez escrever uma reflexão, exatamente aqui, destroçada e – viria a saber um pouco depois – ofensiva que me custou algumas coisas, supostamente. Esses dias essa fuga doeu. Vi uma amiga ter um filho, outra casar e engravidar, vi festas e comemorações e viagens e um amigo se afastar, talvez também pelas causalidades da vida. Pensei que a distância física pudesse explicar a perda desses vínculos afetivos todos, mas ponderei que não era só is