A militância da formiguinha: sobre amar e odiar o próprio corpo
Só ontem tirei umas 20 fotos minhas, basicamente para mim mesma. Fiquei pensando depois que essa prática narcisista não deve ser boa, até que hoje li um texto de uma mulher feminista que afirma não conseguir sentir amor pelo próprio corpo e o quanto isso suscitou nela algumas tristezas e contradições com o fato de se reivindicar feminista. Eu não sei bem em qual momento comecei a me importar mais profundamente com a pauta feminista que discute o "empoderamento" de um ponto de vista subjetivo: a força da mulher, o ser guerreiras (lobas) e o que eu acho mais importante, como consequência de tudo isso, o tornar-se um sujeito político: com voz, com vontades, com opinião. Comecei a entender, a partir das minhas vivências e das minhas amigas e conhecidas, que o processo de descobrimento do próprio corpo e das vontades e questões individuais subjetivas fazia com que as mulheres, pautadas também pela "dissipação" do discurso feminista em suas mais variadas vertentes,