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Mostrando postagens de setembro, 2012

de desistir.

Você tem uma caixa. Uma caixa tamanho médio, resistente. Uma caixa que serve para colocar todos aqueles probleminhas, aquelas indigestões, aqueles contratempos... Um, por um. No começo, organizados. Com o tempo eles vão se ajeitando sozinhos lá dentro. E eles se solidificam, com o tempo. Porque, com o tempo, todo mundo sempre diz - é o melhor conselho - com o tempo as coisas passam. As dores, as perdas, os amores e nós, mas o essencial, esses incômodos(zinhos) passam. Mas se solidificam, porque incomodos(zinhos) se tem essa mania de não ir atrás de resolvê-los, mas guardá-los na caixa. E, como se solidificam, ocupam espaço permanentemente na caixa e, com o o tempo, também, surgem novos problemas para se colocar na caixa e, um a um, se juntam, se amontoam. E você percebe que a caixa está cheia, entupida - prestes a transbordar. E você tenta inutilmente fechá-la, senta em cima, passa fita, empacota... Mas ela pode explodir. E você resolve pegar, esses problemas, olhar pra eles e resolvê

sobre tanta dor

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A gente pensa que é sempre fácil, sentimos dor. Até decidirmos não sentir mais. Conheço, de conhecer, poucas pessoas, mas o suficiente para entender que a maneira como cada um lida com a sua dor é, em certos aspectos, única.  Sempre fui um elo fraco. Um componente exausto. Uma desistidora em potencial. Não sei lidar com a dor, e quando penso nisso até bate aquele desespero de perceber que existem dores muito, muito, muito maiores que eu poderia ter que enfrentar... E que não saberia como. Então, eu resolvi tentar, e decidi que, dali pra frente, aquele tanto de dorzinhas acumuladas ficariam para trás. E que eu estava curada, o tempo seria decisivo, eu entendia, mas eu tinha o suposto controle sobre mim e isso significa que eu era responsável por sofrer com aquela dor. Infelizmente (ou felizmente) a gente descobre que não existe valvulinha. A realidade muitas vezes faz papel principal nessa decisão. Com os pés pra fora de casa e com a cara de volta pro mundo, a gente percebe que a