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Por que escrevo?

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Escrevo porque busco nas palavras, incessantemente, escrever também meu significado. Procuro uma forma de, letra após letra, preencher um vazio, encontrar uma tradução para algum sentimento impossível de saber. Consigo defini-lo apenas pelo que ele não é – e talvez consiga chegar às suas margens, mas não consigo ultrapassar. Não consigo arrancar esse sentimento de dentro, tentar um reconhecimento do que ele é e, enfim, como derrotá-lo. É uma não possibilidade de felicidade – é a sombra de um fim eminente, de um fim que vai chegar – e que pode, inclusive, chegar a qualquer momento. É um buraco no estômago. Uma bolha de ar gelado ou concreto que transita pelo peito as vezes, exatamente no meio. Uma mão que da um nó nesse peito, que impede por alguns segundos que a gente respire. Procuro pelos livros por alguma resposta, algo que coloque nos trilhos de novo uma vida que contemple amor(es), sexo, ter prazer em escrever um trabalho – sentir felicidade em ir trabalhar, voltar a ver aquelas