abismo
Tinha que tentar ser direta. Nem tanto. Um pouco só, vai. Deliciosamente estamos chegando no fim de mais um ano (meu lado previsível me força a adotar o clichê pra ter assunto). Não que eu não tenha assunto, a minha cabeça tem fervilhado nas últimas três semanas, fervilhado de assuntos, notícias, acontecimentos, problemas, alegrias e etc. Fim de ano é sempre a mesma coisa. É essa semana cheia de dias intermináveis e aquela vontade de que esses oito dias passem muito rápido porque já chega de ano velho. Sem saber que são dias, de qualquer forma, mesmo que façam parte de um ano que já está desgastado, e que sendo dias, as coisas ainda podem acontecer. E eles, no fundo, estão voando. O sabor que as coisas antigas tem, pra mim, é sempre um sabor de coisas que podem ser colocadas de lado por um momento, porque na nossa frente existe a idéia de possuir algo que seja completamente novo. Tem cheiro, cor, textura e sabor de coisa nova. E é, sempre com grande entusiasmo, que a gente se agarra a