O limite do "aceitável"
Ouvi uma história de uma amiga que me deixou muito, muito, muito p* da vida. Sabe, é isso mesmo. Pra gente, que vive fazendo coisas que não achamos certas mas que estão ali, na linha do aceitável, parece que não terá mais jeito de "cair". Mas tem, e tem muito. E é preciso saber reconhecer qual é o limite desse nosso aceitável.
Relações afetivas não aprofundadas, "relações liberais", sexo casual de uma noite, enfim, acho tudo isso muito progressivo, muito revolucionário. É verdade, é preciso ter um completo domínio de si mesmo, auto-controle, paciência... Mas eu acho um máximo, admiro, respeito e, quando não, tento praticar também. O problema, pra mim, é que as pessoas confundem sexo casual, por exemplo, com falta de respeito. E não, meu amigo, não é porque isso é um sexozinho "de boa" que você pode ser escroto. Ou escrota.
Eu sempre vi um beijo, um abraço e uma relação sexual como um algo a mais entre duas pessoas (ok, três, quatro, enfim...). Não to falando de algo a mais tipo "transamos, vamos casar", to falando que pra alguém beijar alguém, pra alguém se dispor a estar ali com uma pessoa naquele momento, dormir com ela etc e tal, é preciso que haja uma relação entre elas. Não to pedindo muito, juro que não tô. Não to falando que é uma relação eterna, que é tipo tudo ou nada, que agora eles devem satisfações um ao outro, que isso é amor o que mais poder ser. Não. Eu to falando que é uma relação porque o que rola ali é uma coisa íntima, uma experiência muito subjetiva mas onde dois subjetivos se misturam. Rola química, rola explorar o parceiro, rola tudo isso. E pra rolar tudo isso tá rolando algum tipo de relação, uma divisão de intimidades que, sim, é muito grande.
E gente, isso é lindo, é maravilhoso. A divisão de intimidade, a construção de relações entre varios subjetivos é muito boa. Mas aí, entra uma questão que pra mim é fundamental. Em uma relação onde a gente divide a intimidade com outra pessoa é preciso confiar minimamente nela, e pra gente confiar a gente precisa ter uma coisa base nisso tudo: Respeito.
Porra, isso não é tão difícil. Em nenhum momento, e acho que as pessoas que são capazes de se dar a esses tipos de relação, a gente exige vínculos profundos - até porque não da pra exigir isso, vínculos profundos são construídos naturalmente. Mas tem gente que parece levar isso de forma boçal ao pé da letra. Uma coisa é não ter que aprofundar uma relação - por qualquer motivo razoável - mas manter a boa confiança em uma relação simples de sexo casual, manter o respeito. A outra é chutar o balde e ser babaca do começo ao fim, na verdade fazendo um movimento de descida. Salto livre.
Amiga, a gente tem que parar com essa mania de se colocar pra baixo. Esse é um grande problema que atrapalha essa nossa vida toda "pra frentex". Sabe, não da pra ser submissa o tempo todo, principalmente ser submissa sabendo que tá sendo. É inaceitável.
Não da pra ter uma relação que você já sabe que é "aceitável" - porque não tem respeito frequente, muito menos confiança - e aceitar uma pisada na bola e ficar quieta, achando que tá tudo bem. Isso deveria ser sempre, sempre inadmissível. A gente acha sempre que "ah, beleza, foi só uma vez, deve ter um motivo", mas foda-se. Não há motivo no mundo que explique algumas atitudes, principalmente quando a gente não tem nada a ver com isso. Principalmente quando nossa relação pressupõe "não se envolver com os problemas do outro" - tomar aporrinhação não vem no pacote de relações não aprofundadas.
Acho que, o pior de tudo, o gosto amargo mesmo, fica em saber que você "compactuou" com aquilo, que foi até culpada - até certo nível. Mas não da pra se enganar, você deixou, verdade, mas não foi você que passou do limite com uma atitude podre. Mas é seu limite que vai estourar, e isso é bom, é bom pra ver como as pessoas são. É bom pra saber e pra provar, na prática, que esse tipo de relação por mais superficial que seja, precisa de confiança. E que, no seu caso, nunca teve respeito. Desculpa, nunca teve, você sabe disso. Respeito é uma coisa que, parece, não era compactuável com seu nome. Acho isso muito triste, de verdade. Mas de alguma forma, a gente sabe, serve pra alguma coisa.
Alguém já veio dizer: A verdade é sempre revolucionária. E ela é, amiga. Ela mostra pra gente quem são as pessoas que a gente quer e deve ter ao nosso lado - independente de qualquer relação que seja. E ensina a gente como as coisas são. Você vê a pessoa fazendo e pensa "porra. se um dia eu fizer isso ai, pode me isolar da sociedade, porque eu atingi meu nível máximo de escrotice".
Eu sei que deve doer, ouvir assim... Mas é, nem sempre a verdade é igual aquilo que queriamos ouvir. Pra mim não há o menor respeito por você, nunca houve e isso é muito frustrante, triste e revoltante. Mas você precisa fazer alguma coisa em relação a isso, não da pra ser submissa pra sempre.
Te quero, linda livre e louca!
Relações afetivas não aprofundadas, "relações liberais", sexo casual de uma noite, enfim, acho tudo isso muito progressivo, muito revolucionário. É verdade, é preciso ter um completo domínio de si mesmo, auto-controle, paciência... Mas eu acho um máximo, admiro, respeito e, quando não, tento praticar também. O problema, pra mim, é que as pessoas confundem sexo casual, por exemplo, com falta de respeito. E não, meu amigo, não é porque isso é um sexozinho "de boa" que você pode ser escroto. Ou escrota.
Eu sempre vi um beijo, um abraço e uma relação sexual como um algo a mais entre duas pessoas (ok, três, quatro, enfim...). Não to falando de algo a mais tipo "transamos, vamos casar", to falando que pra alguém beijar alguém, pra alguém se dispor a estar ali com uma pessoa naquele momento, dormir com ela etc e tal, é preciso que haja uma relação entre elas. Não to pedindo muito, juro que não tô. Não to falando que é uma relação eterna, que é tipo tudo ou nada, que agora eles devem satisfações um ao outro, que isso é amor o que mais poder ser. Não. Eu to falando que é uma relação porque o que rola ali é uma coisa íntima, uma experiência muito subjetiva mas onde dois subjetivos se misturam. Rola química, rola explorar o parceiro, rola tudo isso. E pra rolar tudo isso tá rolando algum tipo de relação, uma divisão de intimidades que, sim, é muito grande.
E gente, isso é lindo, é maravilhoso. A divisão de intimidade, a construção de relações entre varios subjetivos é muito boa. Mas aí, entra uma questão que pra mim é fundamental. Em uma relação onde a gente divide a intimidade com outra pessoa é preciso confiar minimamente nela, e pra gente confiar a gente precisa ter uma coisa base nisso tudo: Respeito.
Porra, isso não é tão difícil. Em nenhum momento, e acho que as pessoas que são capazes de se dar a esses tipos de relação, a gente exige vínculos profundos - até porque não da pra exigir isso, vínculos profundos são construídos naturalmente. Mas tem gente que parece levar isso de forma boçal ao pé da letra. Uma coisa é não ter que aprofundar uma relação - por qualquer motivo razoável - mas manter a boa confiança em uma relação simples de sexo casual, manter o respeito. A outra é chutar o balde e ser babaca do começo ao fim, na verdade fazendo um movimento de descida. Salto livre.
Amiga, a gente tem que parar com essa mania de se colocar pra baixo. Esse é um grande problema que atrapalha essa nossa vida toda "pra frentex". Sabe, não da pra ser submissa o tempo todo, principalmente ser submissa sabendo que tá sendo. É inaceitável.
Não da pra ter uma relação que você já sabe que é "aceitável" - porque não tem respeito frequente, muito menos confiança - e aceitar uma pisada na bola e ficar quieta, achando que tá tudo bem. Isso deveria ser sempre, sempre inadmissível. A gente acha sempre que "ah, beleza, foi só uma vez, deve ter um motivo", mas foda-se. Não há motivo no mundo que explique algumas atitudes, principalmente quando a gente não tem nada a ver com isso. Principalmente quando nossa relação pressupõe "não se envolver com os problemas do outro" - tomar aporrinhação não vem no pacote de relações não aprofundadas.
Acho que, o pior de tudo, o gosto amargo mesmo, fica em saber que você "compactuou" com aquilo, que foi até culpada - até certo nível. Mas não da pra se enganar, você deixou, verdade, mas não foi você que passou do limite com uma atitude podre. Mas é seu limite que vai estourar, e isso é bom, é bom pra ver como as pessoas são. É bom pra saber e pra provar, na prática, que esse tipo de relação por mais superficial que seja, precisa de confiança. E que, no seu caso, nunca teve respeito. Desculpa, nunca teve, você sabe disso. Respeito é uma coisa que, parece, não era compactuável com seu nome. Acho isso muito triste, de verdade. Mas de alguma forma, a gente sabe, serve pra alguma coisa.
Alguém já veio dizer: A verdade é sempre revolucionária. E ela é, amiga. Ela mostra pra gente quem são as pessoas que a gente quer e deve ter ao nosso lado - independente de qualquer relação que seja. E ensina a gente como as coisas são. Você vê a pessoa fazendo e pensa "porra. se um dia eu fizer isso ai, pode me isolar da sociedade, porque eu atingi meu nível máximo de escrotice".
Eu sei que deve doer, ouvir assim... Mas é, nem sempre a verdade é igual aquilo que queriamos ouvir. Pra mim não há o menor respeito por você, nunca houve e isso é muito frustrante, triste e revoltante. Mas você precisa fazer alguma coisa em relação a isso, não da pra ser submissa pra sempre.
Te quero, linda livre e louca!