Carta de uma súplica
Por favor, não apareça. A gente sabe quem mais perde nessa história, e a gente sabe porque. A culpa não é sua". Você só precisa não fingir que se importa, porque você não se importa. Então, fica tudo mais fácil, a gente simplesmente vai seguindo a vida e nossos caminhos não precisam se cruzar.
Por favor, talvez o mais sensato a fazer seja fingir que não me conhece... Eu estou aqui por tanto tempo e cuidei tanto para que esse amor não voltasse a nascer. Eu me dediquei, me curei da dor enorme que era sentir o que eu sentia por você sem você sentir absolutamente nada por mim. E eu não digo nada como um "qualquer coisinha". Era nada, sempre foi nada. Construí tão bem os argumentos, planejei tanto... O tempo todo implorando para que você não aparecesse. Veja bem, eu não sabia quão forte era a minha "armadura", mas confesso que dei de mim o máximo e além dele para me certificar. E por um minuto... Por um minuto eu achei que eu estivesse a salvo. "Acabou o amor, só resta...". Pensei que fosse nada, mas nada, a gente já sabe, é aquilo que você sente por mim, nada - mas as vezes até parece negativo.
Você não podia agir assim - e eu sei que você sabe disso. Eu te causei muitos problemas, veja você, para que a sua aproximação acontecesse. Nós jamais poderiamos viver no mesmo "mundo" e isso era óbvio. A armadura, os muros eram só mais um meio de me certificar de que - para todos os efeitos - se você viesse eu não deixaria.
Mas e ai, a gente acha que tá curado e que tá tudo bem, porque demorou tanto tempo e foi tão difícil... Uma hora as coisas morrem. E ai você apareceu e de repente não demorou nem dois segundos para tudo aquilo que eu construí desmoronar. E eu não pude acreditar, porque eu não estava deixando, eu queria muito impedir, e eu segurei e me segurei e tentei respirar fundo e repetir pra mim mesma que eu estava a salvo, lembra? Mas eu não sei qual foi o momento decisivo, onde me perdi...
Fiquei aqui sem proteção. Hoje acordei toda amarga na boca, com aquela sensação de derrota. É, eu fui derrotada - ou a verdade é que talvez jamais tenha vencido. E eu não sabia, mas eu dependia de você até pra isso - eu dependia de você para você se manter longe de mim. E você falhou na tarefa que menos lhe custaria fazer...
Estou te pedindo só isso. Sei que não é difícil, então por favor, não venha pra perto de mim. A gente sempre tem aquelas pessoas que - por quaisquer motivos - serão pra sempre nosso "ponto fraco". E eu diria que você é o ponto fraquíssimo.
Por favor, não me destrua pela segunda vez, você não sabe como foi difícil agir como se estivesse tudo bem... Como foi difícil suportar tanto tempo para poder me reerguer de cabeça erguida. Você não sabe como eu me sinto fracassada - e me senti - quando esmurro com todas as forças minha dignidade em "pontas de faca" para poder, talvez, quem sabe, ter alguma vitória nisso... Você não sabe como, nesse momento, a última coisa que eu precisaria era de você aqui. Porque, vamos ser sinceros, eu não preciso. A única coisa que você fez foi desmoronar todas as minhas certezas. Estive certa de que te esqueci - e percebi que isso era mentira.
Por favor, talvez o mais sensato a fazer seja fingir que não me conhece... Eu estou aqui por tanto tempo e cuidei tanto para que esse amor não voltasse a nascer. Eu me dediquei, me curei da dor enorme que era sentir o que eu sentia por você sem você sentir absolutamente nada por mim. E eu não digo nada como um "qualquer coisinha". Era nada, sempre foi nada. Construí tão bem os argumentos, planejei tanto... O tempo todo implorando para que você não aparecesse. Veja bem, eu não sabia quão forte era a minha "armadura", mas confesso que dei de mim o máximo e além dele para me certificar. E por um minuto... Por um minuto eu achei que eu estivesse a salvo. "Acabou o amor, só resta...". Pensei que fosse nada, mas nada, a gente já sabe, é aquilo que você sente por mim, nada - mas as vezes até parece negativo.
Você não podia agir assim - e eu sei que você sabe disso. Eu te causei muitos problemas, veja você, para que a sua aproximação acontecesse. Nós jamais poderiamos viver no mesmo "mundo" e isso era óbvio. A armadura, os muros eram só mais um meio de me certificar de que - para todos os efeitos - se você viesse eu não deixaria.
Mas e ai, a gente acha que tá curado e que tá tudo bem, porque demorou tanto tempo e foi tão difícil... Uma hora as coisas morrem. E ai você apareceu e de repente não demorou nem dois segundos para tudo aquilo que eu construí desmoronar. E eu não pude acreditar, porque eu não estava deixando, eu queria muito impedir, e eu segurei e me segurei e tentei respirar fundo e repetir pra mim mesma que eu estava a salvo, lembra? Mas eu não sei qual foi o momento decisivo, onde me perdi...
Fiquei aqui sem proteção. Hoje acordei toda amarga na boca, com aquela sensação de derrota. É, eu fui derrotada - ou a verdade é que talvez jamais tenha vencido. E eu não sabia, mas eu dependia de você até pra isso - eu dependia de você para você se manter longe de mim. E você falhou na tarefa que menos lhe custaria fazer...
Estou te pedindo só isso. Sei que não é difícil, então por favor, não venha pra perto de mim. A gente sempre tem aquelas pessoas que - por quaisquer motivos - serão pra sempre nosso "ponto fraco". E eu diria que você é o ponto fraquíssimo.
Por favor, não me destrua pela segunda vez, você não sabe como foi difícil agir como se estivesse tudo bem... Como foi difícil suportar tanto tempo para poder me reerguer de cabeça erguida. Você não sabe como eu me sinto fracassada - e me senti - quando esmurro com todas as forças minha dignidade em "pontas de faca" para poder, talvez, quem sabe, ter alguma vitória nisso... Você não sabe como, nesse momento, a última coisa que eu precisaria era de você aqui. Porque, vamos ser sinceros, eu não preciso. A única coisa que você fez foi desmoronar todas as minhas certezas. Estive certa de que te esqueci - e percebi que isso era mentira.