Encontrei uma maneira de tentar me manter em pé, doidera. Preciso sentir isso o tempo todo que eu puder porque eu não quero sentir absolutamente mais nada. Porque ai, parava um segundo e ...  Então vinha aquela sensação de vai-volta-vai. E o medo, o medo, o medo, o medo. E o eterno não ter certeza.
O medo de ser perguntada do que é esse medo. O medo do medo ser sobre algo pequeno. O medo de não conseguir escrever mais, a única maneira de conseguir explicar esses sentimentos e, mesmo assim, já nao mais capaz.
Uma certeza: Quando a gente já é assim, com essa pele sensível, essa membrana e nada mais e quando a gente aprende a ver as coisas, a perceber os detalhes, quando a gente entende como o mundo funciona e descobre que a felicidade é tão, tão, tão sutil, que a felicidade que existe hoje, para ser alcançada é tão hipócrita e amarga e descobre que é preciso encontrar a felicidade real que é a luta, a luta contra a mentira onde a gente existe... Quando isso acontece(r) é pra ser tão mais fácil de viver - não fácil nesse sentido de seguir o fluxo da vida que é. Mas fácil de ser feliz, porque a gente procura relações reais, verdades, coisas que existem mesmo, procura se apoiar em amor real, em felicidade real. Mas ai, quando a gente enxerga tudo isso, alguma coisa puxa a gente muito pra baixo, muito pra baixo. E desesperadamente você segura ao seu redor porque você não quer ir pra baixo mas você não consegue segurar porque é extremamente mais forte que você. As coisas parecem todas se combinar para isso, é sempre mais um gancho, nunca uma corda, nunca uma saída.

Pra baixo.
Pra baixo.


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