#carta número 3
Minha querida,
Tudo mudou e nada mudou. Sabe quando a gente fica assim com aquele sentimento de incompleto? Quando a gente espera assim, algumas respostas, alguns resultados e não sabe o que esperar? Esse calendário tá bagunçando tudo, meu bem. Há muito tempo eu não ficava assim, perdida no tempo, traçando planos irreconhecíveis e me enchendo de objetos de proteção, pro próximo ano que com certeza vai ser paulera. Bom, é que eu nunca acreditei também nessas coisas, mas sabe como é, a gente precisa se agarrar em alguma coisa pra viver porque se não fica feio... Cê sabe, tento buscar uma maneira de lutar, mas parece que nem isso tem sido suficiente... bom.
Queria te contar que tirando isso - que infelizmente é tudo - não tenho nada pra contar. Nada é suficiente pra você. Nada deixa a gente com essa perspectiva de qualquer coisa, uma infinitude de coisas. Bom, tenho apostado minha ficha em todas as coisas que estão longe de serem certas, são só erradas, mas você me conhece bem o suficiente pra saber disso.
O fim do ano vai ser um sucesso, já preparei uma roupa cor creme - sinceramente não sei o que significa, mas nisso eu não acredito não. É só aquela velha história de passar com roupa nova, calcinha nova, branco - pedindo paz, desesperadamente paz... Não da. Paz não vem assim, simplesmente porque a gente pede, envolve um monte de outras coisas - a gente tem que se esforçar... é tão maior, tão maior que a gente. Queria era sentir um abalo cósmico bem grande, algo que fizesse a gente ser obrigado a andar pra frente, algo que amortecesse todas as recordações, sentimentos, lembranças que a gente insiste em guardar. Tipo um porre, mas eterno. E sem ressaca.
Querida, estou pensando em flores amarelas. Decidi que essa é a cor de 2013, é a cor do novo eu. É tudo amarelo, mas não esse amarelo burguês pra trazer dinheiro. Eu quero vibrar e iluminar a minha vida, que tá lá naquele dark place que a gente bem conhece. Gostou da idéia?
Amor,
Eu.
Tudo mudou e nada mudou. Sabe quando a gente fica assim com aquele sentimento de incompleto? Quando a gente espera assim, algumas respostas, alguns resultados e não sabe o que esperar? Esse calendário tá bagunçando tudo, meu bem. Há muito tempo eu não ficava assim, perdida no tempo, traçando planos irreconhecíveis e me enchendo de objetos de proteção, pro próximo ano que com certeza vai ser paulera. Bom, é que eu nunca acreditei também nessas coisas, mas sabe como é, a gente precisa se agarrar em alguma coisa pra viver porque se não fica feio... Cê sabe, tento buscar uma maneira de lutar, mas parece que nem isso tem sido suficiente... bom.
Queria te contar que tirando isso - que infelizmente é tudo - não tenho nada pra contar. Nada é suficiente pra você. Nada deixa a gente com essa perspectiva de qualquer coisa, uma infinitude de coisas. Bom, tenho apostado minha ficha em todas as coisas que estão longe de serem certas, são só erradas, mas você me conhece bem o suficiente pra saber disso.
O fim do ano vai ser um sucesso, já preparei uma roupa cor creme - sinceramente não sei o que significa, mas nisso eu não acredito não. É só aquela velha história de passar com roupa nova, calcinha nova, branco - pedindo paz, desesperadamente paz... Não da. Paz não vem assim, simplesmente porque a gente pede, envolve um monte de outras coisas - a gente tem que se esforçar... é tão maior, tão maior que a gente. Queria era sentir um abalo cósmico bem grande, algo que fizesse a gente ser obrigado a andar pra frente, algo que amortecesse todas as recordações, sentimentos, lembranças que a gente insiste em guardar. Tipo um porre, mas eterno. E sem ressaca.
Querida, estou pensando em flores amarelas. Decidi que essa é a cor de 2013, é a cor do novo eu. É tudo amarelo, mas não esse amarelo burguês pra trazer dinheiro. Eu quero vibrar e iluminar a minha vida, que tá lá naquele dark place que a gente bem conhece. Gostou da idéia?
Amor,
Eu.