Seu louco querer

Ela tinha milhões de coisas pra falar e, no entanto, só conseguia pensar em uma palavra: medo. Tudo o que sentia, tudo o que sabia sobre o amor simplesmente se perdeu quando o conheceu. Era como mergulhar em uma caverna, sem luz, sem saber a direção e, mesmo assim, saber que havia mergulhado no lugar certo, na hora certa.. E saber que estava indo pro lado certo porque de repente não importava o quanto de oxigênio ela ainda tinha. Não importava que, em alguns momentos ela sentia que escurecia ainda mais porque, chegando mais proxima do escuro ela sabia que encontraria logo uma luz. Era um absurdo, mas quem disse que não seria? Não havia manuais, não havia livros que conseguissem explicar o que ela estava sentindo e nem ela, tampouco, saberia explicar.
Mas não era óbvio? O que mais poderia ser? Era claro que isso tudo fazia parte de uma coisa muito única, muito absurdamente grande em si mesma. Era amor, é amor. É amor que ela sente, que ela sentiu, que ela tinha plena consciência do que era mas que mesmo assim não conseguia falar. Não existe maneira de demonstrar porque é graciosamente grande, porque é tão e tão e tão gostoso. Porque da borboletas, um monte delas.
E ela percebeu isso, percebeu que não importa o tempo que ela gaste procurando palavras que descrevam porque ela não vai encontrar. Talvez existam, as palavras, mas elas nem são mais tão usadas... Ela acreditou que isso, mais que acreditar ela percebeu, que isso era amor em essência, amor puro, era tanto amor, é tanto amor.
amor.
amor.
amor.