Lição 1
Sempre soube que existia em salas de aula aquela disputa, aquela coisa de marcar seu espaço, ganhar "moral".
Hoje eu perdi um pouco desse meu espaço. Embora eu nunca tenha desejado estar nessa "batalha" com eles. Assumo, a gente passa por uma hierarquia dentro da sala, onde a figura do professor é a de autoridade. É ele que tem poder sobre os alunos - ou é o que se pressupõe.
Fui dar uma aula como professora substituta e resolvi propor uma redação bem simples. Percebi que um dos alunos estava lendo um livro e eu perguntei "você não vai fazer a redação?" e ele respondeu, sem nem olhar pra mim "não" e voltou a ler o livro.
Eu tentei ainda perguntar mais alguma coisa, mas ele simplesmente me ignorou. Claro que eu fiquei COMPLETAMENTE sem graça - e que eu perdi um pouco do respeito que eles sentiam por mim. Também, imagino que em qualquer circunstância, em qualquer situação você ser ignorado e tratado grosseiramente faz você perder um pouco da sua confiança, da sua "moral".
A sorte, se é que há sorte nisso, é que quase todos os alunos estavam concentrados em suas redações, e os que se envolveram minimamente no acontecido, foi pra comentar o livro que o menino estava lendo.
Quando eu fui embora passei por um grupo de alunos que envolvia ele, duas meninas - das quais uma sempre me tratou bem e a outro só foi em uma aula minha - e mais alguém que eu não conhecia, e eu acenei pra eles. Ouvi a seguinte frase "Ai, coitada. Eu gosto dela" e pressuponho que alguém tenha feito algum comentário no mínimo ácido sobre mim.
Fiquei feliz por ser defendida, mas como não poderia deixar de ser, fiquei também triste. A gente sabe, no fundo, que nunca tem como agradar todo mundo. É assim na vida, é assim no trabalho, é assim numa sala de aula. Tem como você ser quase consenso, mas 100% adorado, impossível. O problema é que, como tudo que eu faço, sempre saio em busca de toda a aprovação do mundo, deixando pra trás elogios pra ressaltar críticas.
Não vou mentir, a possibilidade de ter sido acidamente citade me deixou bem chateada. Mas ao mesmo tempo resolvi superar essa chateação pensando que naquilo que eu puder melhorar, com certeza eu o farei. Mas é preciso sempre fazer valer essa noção, que é muito real, de que é humamanamente impossível agradar a todos.
Nada é perfeito. E essa frase é subjetivamente compreendida, visto que o que eu acho perfeito pode não ser o que ciclano e beltrano acham, mas pode ser o que fulano acha. E assim por diante.
Hoje eu perdi um pouco desse meu espaço. Embora eu nunca tenha desejado estar nessa "batalha" com eles. Assumo, a gente passa por uma hierarquia dentro da sala, onde a figura do professor é a de autoridade. É ele que tem poder sobre os alunos - ou é o que se pressupõe.
Fui dar uma aula como professora substituta e resolvi propor uma redação bem simples. Percebi que um dos alunos estava lendo um livro e eu perguntei "você não vai fazer a redação?" e ele respondeu, sem nem olhar pra mim "não" e voltou a ler o livro.
Eu tentei ainda perguntar mais alguma coisa, mas ele simplesmente me ignorou. Claro que eu fiquei COMPLETAMENTE sem graça - e que eu perdi um pouco do respeito que eles sentiam por mim. Também, imagino que em qualquer circunstância, em qualquer situação você ser ignorado e tratado grosseiramente faz você perder um pouco da sua confiança, da sua "moral".
A sorte, se é que há sorte nisso, é que quase todos os alunos estavam concentrados em suas redações, e os que se envolveram minimamente no acontecido, foi pra comentar o livro que o menino estava lendo.
Quando eu fui embora passei por um grupo de alunos que envolvia ele, duas meninas - das quais uma sempre me tratou bem e a outro só foi em uma aula minha - e mais alguém que eu não conhecia, e eu acenei pra eles. Ouvi a seguinte frase "Ai, coitada. Eu gosto dela" e pressuponho que alguém tenha feito algum comentário no mínimo ácido sobre mim.
Fiquei feliz por ser defendida, mas como não poderia deixar de ser, fiquei também triste. A gente sabe, no fundo, que nunca tem como agradar todo mundo. É assim na vida, é assim no trabalho, é assim numa sala de aula. Tem como você ser quase consenso, mas 100% adorado, impossível. O problema é que, como tudo que eu faço, sempre saio em busca de toda a aprovação do mundo, deixando pra trás elogios pra ressaltar críticas.
Não vou mentir, a possibilidade de ter sido acidamente citade me deixou bem chateada. Mas ao mesmo tempo resolvi superar essa chateação pensando que naquilo que eu puder melhorar, com certeza eu o farei. Mas é preciso sempre fazer valer essa noção, que é muito real, de que é humamanamente impossível agradar a todos.
Nada é perfeito. E essa frase é subjetivamente compreendida, visto que o que eu acho perfeito pode não ser o que ciclano e beltrano acham, mas pode ser o que fulano acha. E assim por diante.